sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ESTIMULAÇÃO PRECOCE - ÁREAS DE ATUAÇÃO 1


Dando continuidade às postagens sobre Estimulação Precoce, hoje contarei um pouquinho como algumas áreas atuam nesse programa de atendimento. Desta vez vocês conhecerão o trabalho da fisioterapeuta, da fonoaudióloga e da terapeuta ocupacional.

Fisioterapia

O principal objetivo da fisioterapia é criar condições para explorar o potencial motor da criança, direcionando-a nas sucessivas etapas do desenvolvimento motor e auxiliá-la na aquisição de padrões essenciais e fundamentais do desenvolvimento, preparando-a para uma atividade motora subseqüente mais complexa. Os objetivos específicos são determinados de acordo com a faixa etária ou fase do desenvolvimento. Para alcançar esses objetivos são utilizados métodos que propiciarão maior independência, autoconfiança e ampliação da relação com o meio ambiente.
O objetivo da fisioterapia não é tentar igualar o desenvolvimento neuropsicomotor da criança com síndrome de Down ao de uma criança sem a síndrome nem exigir da criança além do que ela é capaz, mas auxiliá-la a alcançar as etapas desse desenvolvimento da forma mais adequada possível, buscando a funcionalidade na realização das atividades diárias e na resolução de problemas.


Fonoaudiologia
Os bebês com Síndrome de Down têm muita dificuldade na sucção por causa da hipotonia dos músculos da boca e dos movimentos imprecisos da língua, levando-os freqüentemente a dificuldade no aleitamento materno e também da maturação dos padrões de deglutição e mastigação.Por isso é muito importante que a criança receba estimulação com o objetivo de facilitar seu desenvolvimento, aproximando-se o mais rápido possível do padrão.
Nesse período, a sucção e a deglutição merecem atenção especial da Fonoaudióloga, com o objetivo de melhorar as condições de alimentação, sobretudo favorecer condições para o aleitamento materno, pois essa é a forma mais eficaz de alimentar um recém-nascido, pelo seu aspecto nutricional e imunológico. A amamentação natural, também vai auxiliar no tônus dos músculos orais, além de favorecer o estreitamento afetivo entre mãe-bebê.
É de extrema importância que a mãe também receba atenção fonoaudiológica nesse período, auxiliando-a sobre suas dúvidas relacionadas à síndrome e incentivando-a a amamentar a criança com prazer.
Normalmente a criança têm a seqüência de desenvolvimento semelhante às outras crianças, mas em ritmo mais lento. São crianças menos responsivas à estimulação verbal. As vocalizações intermitentes podem ser observadas por volta de três meses, com duração prolongada; o balbucio é menos constante e ocorre mais tarde.
O atraso da linguagem nessas crianças é evidente, sendo freqüente não falarem até o segundo ano de vida, e podem não combinar palavras até o terceiro e quarto ano. A lentidão em adquirir certas habilidades, principalmente às relacionadas à aquisição da fala e da linguagem, geram muita expectativa na família e na sociedade em geral, daí a importância da estimulação o mais precoce possível. A adequada estimulação dessas crianças têm sido fator determinante para melhorar a qualidade de sua comunicação, apresentando assim, uma linguagem oral mais eficiente e muitas vezes, adquirindo a linguagem escrita.

Terapia Ocupacional
O trabalho do terapeuta ocupacional é imprescindível na estimulação precoce, tendo como objetivo geral promover a continuação do desenvolvimento global da criança, favorecendo a proteção e conservação das funções existentes, prevenindo contra a incapacidade e garantindo a recuperação ou a adaptação em diferentes níveis. Os resultados positivos dependem principalmente da idade com que essas crianças iniciam as terapias. Através da estimulação o terapeuta procura diminuir os prejuízos futuros. Esse trabalho é importante e ajudará a criança a se tornar independente.
O terapeuta ocupacional, através de atividades selecionadas, desenvolve um programa cuja finalidade é mobilizar e reorganizar as funções mentais, motoras e sociais.

Daniele Ruoco: fisioterapeuta do Espaço Pipa
Marcela Romani: fonoaudióloga do Espaço Pipa
Silvia Marchete: terapeuta ocupacional do Espaço Pipa
Texto de Tainá-Rekã - pedagoga no Espaço Pipa - Síndrome de Down

Michel, pai de um dos bebês atendidos em nosso programa de estimulação precoce, nos enviou o link de uma reportagem que aborda a importância da participação familiar e dos estímulos na infância. Para ler a reportagem, clique AQUI.

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